Assecor

Na mídia

25/08 - O Dia

As críticas ao número grande de ministérios partem não só de partidos de oposição, como o PSDB, mas também do principal aliado do governo, o PMDB, que hoje comanda seis pastas. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já fez essa cobrança diversas vezes e disse publicamente que não queria cargos, embora nos bastidores tenha manifestado irritação quando seu aliado Vinicius Lages foi desalojado do Turismo em abril para nomeação de outro peemedebista, Henrique Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara. Em 2002, último ano do governo FHC, o governo federal tinha 24 ministérios. O número cresceu ao longo dos governos Lula e Dilma e hoje está em 39. Nos mandatos petistas foram criadas pastas como as secretarias de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de Políticas para as Mulheres, dos Portos, da Pesca, de Aviação Civil, de Micro e Pequena Empresa e de Assuntos Estratégicos, todas com status de ministério. Foram criados também os ministérios das Cidades e do Desenvolvimento Social e desmembradas outras pastas, como o Ministério do Esporte e Turismo, que deu origem a dois órgãos separados. O que pode acontecer agora é que algumas dessas secretarias sejam eliminadas ou incorporadas por outras – a de Direitos Humanos, por exemplo, poderia absorver as políticas focadas na igualdade racial e de gênero. Porém, isso provavelmente despertará resistência e críticas de movimentos sociais da base do governo, que consideram importantes a existência desses ministérios para dar visibilidade à luta das minorias.